Nutrição Funcional (Blog N. 125 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz

sábado, 18 de dezembro de 2010

O que é Nutrição Funcional?

O que é Nutrição Funcional

Mudanças no cardápio de uma pessoa, a partir do levantamento detalhado de suas características, podem melhorar a sua disposição, tratar problemas como enxaqueca e evitar a ocorrência de doenças crônicas como a obesidade e o diabetes. 

Para entendermos o que é a chamada Nutrição Funcional e em que ela se diferencia da Nutrição tradicional, temos de lembrar um pouco dos ensinamentos das aulas de Biologia sobre o funcionamento das células.

Aprendemos que somos formados por trilhões de células que formam os tecidos que, por sua vez, formam os órgãos, que, finalmente, compõem os aparelhos e sistemas do organismo humano.

Cada célula do nosso corpo é uma unidade viva que depende, para o seu funcionamento pleno, de determinados nutrientes, em doses que variam de pessoa para pessoa, dependendo de suas características genéticas.
                           
Mas onde queremos chegar? 

Explico: a Nutrição Funcional aplica a ciência dos nutrientes que procura manter ou restabelecer o equilíbrio e o bem estar do organismo de cada pessoa a partir do diagnóstico de como anda a relação entre as suas células e os nutrientes.

Em vez de se limitar à prescrição de dietas de alimentos tidos como saudáveis (porque o que é saudável para uma pessoa pode causar doença em outra), a Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona a situações de carência ou excesso de determinados nutrientes.

Tudo isso é feito com base em ferramentas e estratégias específicas e muito atuais. Num breve futuro, até mesmo exames de “mapeamento genético” poderão ser incorporados. Se descobrirmos, por exemplo, que o paciente possui um conjunto de genes relacionados a uma maior propensão ao câncer, poderemos procurar diminuir o risco de desenvolver a doença com intervenções nutricionais específicas.

Diferentemente da Nutrição clássica, os nutricionistas do século XXI defendem um rastreamento bioquímico e metabólico de cada pessoa para saber quais são os alimentos que funcionam para ela ou que podem, por exemplo, estar provocando ou vir a provocar doenças. Dietas generalizadas e contagem de calorias não fazem mais sentido. Da mesma forma, questionários alimentares acrescidos de exame de sangue não são mais suficientes.

Para definir a melhor dieta para um paciente, é necessário conhecê-lo individual e profundamente. Podemos observar detalhes como, por exemplo, o aspecto das unhas, que indica deficiências ou excesso de nutrientes. Ou utilizar outros instrumentos que avaliam centenas de indícios de desequilíbrios nutricionais.

A Nutrição Funcional baseia-se em conceitos como o “equilíbrio nutricional e a biodisponibilidade dos alimentos”, ou seja, alimentos e nutrientes que precisam de outros para agir no organismo de maneira positiva ou que, ao contrário, são anulados quando outros estão presentes.

O organismo de cada pessoa é um ecossistema que precisa estar equilibrado, e isso ocorre de acordo com a atuação dos nutrientes em cada uma das trilhões de células.  

Estudos mostram como a “inflamação celular”, causada por uma reação desarmônica aos nutrientes, estaria na origem de várias doenças, dentre elas a obesidade e o diabetes.

Problema que atinge um número significativo de brasileiros, a obesidade é uma “doença inflamatória” que deve ser tratada não pela contagem de calorias ou de açúcares consumidos, mas pela escolha dos alimentos de acordo com as características individuais. 

Detalhe: as toxinas ambientais também deixam as pessoas mais predispostas à obesidade e a outras desordens metabólicas. 

Uma dieta “antioxidante” individualizada pode ser bastante útil para combatê-las e ajudar na perda e no controle de peso.

Trabalhos científicos comprovam que a ocorrência das doenças crônicas da vida moderna está relacionada a uma combinação de dieta inadequada, suscetibilidade genética e exposição a agentes e poluentes ambientais. 

Da mesma forma, outros problemas “menos graves”, como o cansaço e a sensação de falta de energia, resultam do “estresse oxidativo”, também relacionado ao desequilíbrio nutricional.

Os desequilíbrios nutricionais geram sobrecarga no sistema imunológico e desencadeiam “processos alérgicos” tardios, que acabam por provocar doenças crônicas como a obesidade, depressão, fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, entre outras.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis já são responsáveis por 72% das mortes ocorridas no Brasil, sendo que, no mundo, esse valor corresponde a 60%. 

A OMS acredita que 80% de problemas prematuros do coração, AVC e Diabetes tipo II e 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se corrigíssemos nossos hábitos alimentares, reduzíssemos o uso de tabaco e adotássemos uma atividade física regular.

Hoje, os nutricionistas funcionais se envolvem no tratamento de diversos distúrbios metabólicos e neuropsiquiátricos. 

Além disso, atuam na área esportiva (vários atletas da delegação olímpica brasileira adotam a Nutrição Funcional), em clubes de futebol (São Paulo), em academias (Companhia Athlética), em hospitais (Hospital das Clínicas, Hospital Sírio Libanês e Hospital Pró-Cardíaco), em empresas (Roche), em escolas, em clínicas e em programas de orientação a gestantes.

Apesar de recente no Brasil, a Nutrição Funcional conta com o respaldo científico de diversos estudos realizados principalmente na Europa e nos EUA, onde, aliás, já existe um instituto dedicado à especialidade: o The Institute For Functional Medicine.

Valéria Paschoal

Diretora da VP Consultoria Nutricional

domingo, 5 de dezembro de 2010

Você quer voltar para a lama tucana? (Do Blog do Argemiro Ferreira)

http://argemiroferreira.wordpress.com/http://argemiroferreira.wordpress.com/




Você quer voltar para a lama tucana?

O blog Seja Dita a Verdade (conheça-o AQUI) teve a boa idéia de recordar o tempo dos tucanos – FHC e seus amigos José Serra, Ricardo Sérgio, Eduardo Jorge, Sérgio (Serjão) Motta,  irmãos Mendonça de Barros e tanta gente mais – através das capas de Veja, a mais tucana das revistas. A sessão nostalgia valeu o esforço, até porque o candidato Serra, no atual papel de vítima inocente de adversários malvados que o atacam na rua com bolinhas de papel, refugia-se nos santinhos para apagar o passado.
Desde o início da campanha o atual candidato do PSDB, cujo sonho de consumo na fase pre-eleitoral era formar chapa com José Roberto Arruda (“vote num careca e leve dois”, lembram-se?), jura a todo momento que é “ficha limpa” e “ético”, sem mácula na carreira política, e que no seu partido não há “ficha suja”. Chegou mesmo a rotular de “blogs sujos” aqueles que ousam expor suas práticas habituais, passadas e presentes. Mas não é essa a história que as capas de Veja contam.
A particularidade sobre aquele amontoado de escândalos é que os tucanos perceberam, desde o primeiro momento, que para garantir a impunidade bastava impedir as investigações do Ministério Público (inventaram a figura do Engavetador-Geral da República), da Polícia Federal (só no governo Lula ela foi adequadamente equipada para levar avante as investigações de corrupção), do Congresso (impedido com compra de votos de formar CPIs) e da mídia (silenciada, em seguida às denúncias, pela propaganda oficial, compra de assinaturas e outras benesses).
Isso permite que tucanos circulem por aí hoje jurando que foram difamados e caluniados. Como observou o Seja Dita a Verdade e confirmam as capas da revista que hoje serve aos próprios tucanos mediante recompensa em anúncios e assinaturas milionários, de 1995 a 2002 os casos de corrupção, dossiês, caixa dois, propinas e maracutaias em geral enriqueciam capas de revistas e primeiras páginas de jornal, ainda que depois as denúncias desaparecessem subitamente.
Naquele tempo, distante do país e com a atenção desviada para outros escândalos (os casos de sexo e demais trapalhadas do presidente Bill Clinton, alvo permanente da fúria republicana), sobrava-me pouco tempo para acompanhar nossa mídia de forma sistemática. Mas ela própria tinha o cuidado, em tempo de eleição presidencial, de somar-se aos então donos do poder, num esforço conjunto para impedir que o inimigo comum, Lula, ganhasse e mudasse as regras do jogo. Pelo menos até 2002.
Aí vão, em ordem cronológica, algumas das mais sugestivas capas de Veja.
Primeiro mandato FHC – 1995-1998
17-02-1995
29-11-1995
21-05-1997
05-11-1997
19-11-1997
06-05-1998
06-05-1998
18-11-1998
25-11-1998

Segundo mandato FHC – 1999-2002
21-01-1999
10-03-1999


21-04-1999
28-04-1999
05-05-1999
06-06-1999
09-02-2000
05-04-2000
19-07-2000
09-08-2000
11-04-2001
02-05-2001
16-05-2001
06-06-2001
09-05-2002
29-05-2002

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